domingo, 29 de março de 2009

MERCADO DE DERIVATIVOS

A palavra “derivativo” é utilizada para designar um ativo derivado do preço de outro ativo, considerado como um ativo de referência. Trocando em miúdos, um contrato de derivativo não apresenta valor próprio, deriva-se sempre do valor de um bem básico, como commodities, ações, etc.
Podemos então conceituar derivativo como um contrato ou título cujo valor de mercado e características de negociação estão vinculados ao preço de outro contrato ou título.
Quem são os envolvidos em uma transação com derivativos?
Um deles é a CORRETORA. É ela que na prática representa o cliente e atua em nome deste na Bolsa. É ela que executa as ordens do cliente, efetua o controle da conta do cliente junto à Bolsa e à Clearing House, ou seja, mantém registro das posições de cada cliente, coleta as garantias exigidas, recebe e paga perdas ou ganhos incorridos, controla as ordens executadas, liquida as operações e assessora o cliente em suas decisões.
Outro envolvido é o HEDGER, que atua no mercado buscando proteção diante dos riscos de flutuações dos diversos ativos e das taxas de juros. A proteção (hedge) pode ser de venda ou de compra. Uma proteção (hedge) de venda, por exemplo, pode ser feita por um produtor de milho, que colocará o produto à venda em dois meses; já um hedge de compra torna-se necessário quando uma empresa tem de adquirir determinado produto no futuro e deseja fixar um preço hoje.
O terceiro envolvido é o ESPECULADOR. Esse participante é o responsável pela liquidez nos diversos mercados em que decide operar, adquirindo o risco do hedger, motivado pela possibilidade de ganhos financeiros. Tem uma participação importante no mercado, chamando para si todo o risco da variação de preços. Pode ser pessoas físicas ou jurídicas.
Existe, ainda, um participante chamado ARBITRADOR, que procura tirar vantagens financeiras quando percebe que os preços em dois ou mais mercados apresentam-se distorcidos. Serve, portanto, como elemento regulador do mercado. O arbitrador colabora para uma eficiente formação do preço futuro, condição fundamental para o funcionamento do mercado.
Vamos dar um exemplo de hedge de compra.
Uma determinada empresa de fubá, que é fabricada utilizando o milho como matéria prima, teme que o preço do milho suba no mercado à vista futuramente, prejudicando o cumprimento de contratos já assumidos de entrega de fubá. Assim, ele “cria” um contrato garantindo que compra a saca de milho, daqui a 60 dias, por, digamos, R$ 20,00. O contrato, através de uma corretora, é apresentado na Bolsa procurando um interessado. O especulador compra. Dentro de 60 dias, se o preço deste milho estiver a R$ 18,00, a empresa (hedger) vai ao mercado e compra o milho por R$ 18,00, mas como tinha garantido R$ 20,00, repassa o valor de R$ 2,00 por saca para o especulador. Caso o milho suba para, por exemplo, R$ 22,00, a empresa (hedger) vai ao mercado e adquire o milho por este valor. Como tinha garantido o preço pelo valor de R$ 20,00, recebe R$ 2,00 por saca do especulador.
Este tipo de mercado está dividido em 4 mercados principais:
Mercado a Termo; Mercado Futuro; Mercado de Opções e Swaps.
Estes mercados serão comentados proximamente.
Até mais. Abraços a todos.

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