terça-feira, 30 de abril de 2013

Alterações no Fundo Garantidor de Crédito - FGC

São Paulo (Revista Exame 30/04/2013) – O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) elevou, nesta terça-feira, seu limite de cobertura de 70 mil para 250 mil reais para cadernetas de poupança, depósitos à vista ou a prazo e outros títulos. É o caso de CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). A cobertura também foi estendida às Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), antes excluída da lista de produtos cobertos.
Isso significa que, de agora em diante, quem tem dinheiro em conta corrente, caderneta de poupança, CDBs, LCIs ou LCAs de qualquer instituição financeira tem uma quantia muito maior garantida caso o banco passe por problemas financeiros.
Em outras palavras, se o banco quebrar, o FGC garante todo o dinheiro depositado nesses produtos financeiros em um limite de até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira. Antes, se tivesse 200 mil reais aplicado em um CDB e o banco fosse à lona, o investidor só receberia de volta 70 mil reais.
Outra novidade implementada nesta tarde é que, antes, dependentes e beneficiários de contas conjuntas tinham direito à cobertura de 70 mil reais cada um (por CPF). Agora, contas conjuntas têm cobertura de 250 mil reais, independentemente de haver ou não dependentes, e a quantia deve ser dividida entre os titulares.
Em nota divulgada à imprensa nesta tarde, o Conselho de Administração do FGC informou que “As modificações do Regulamento, as quais, entre outras, alteram o valor da garantia ordinária do FGC para R$ 250 mil, passarão a ser aplicadas a partir das futuras Intervenções ou Liquidações Extrajudiciais que porventura forem decretadas pelo Banco Central do Brasil”.
Isto é, quem investiu em bancos como Cruzeiro do Sul e BVA continuará com cobertura apenas até 70 mil reais.
Para especialistas em finanças pessoais, a novidade é muito boa para o investidor e também para os bancos médios. “Vejo essa decisão com bons olhos. É uma medida para trazer mais segurança e tranquilidade para o investidor”, observa o professor William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
A cobertura do FGC é válida para instituições financeiras de qualquer porte, mas para os bancos médios, trata-se da principal garantia dos clientes investidores.
Esses bancos são mais suscetíveis aos soluços do mercado que os bancos grandes, e por isso mesmo seus títulos (CDBs e LCIs, por exemplo) são mais rentáveis para o investidor. Com o aumento da cobertura do FGC, será mais fácil para esses bancos atrair investidores.

Até a próxima,

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Atualidades do Sistema Financeiro - Econômico faz acordo para pagar BC

A partir de hoje, periodicamente, estarei publicando notícias sobre o mercado financeiro, que envolvam o Brasil. Atenção: fatos políticos que envolvam a economia nacional e o sistema financeiro nacional, são passíveis de se cobrar em prova. Lembram-se do tema Mercosul? Que a Venezuela foi o último país a ser aceito? Pois é. Vamos ler jornal, minha gente. As notícias aqui postadas servirão de base para o concurso da Caixa Econômica Federal que será realizado no início do próximo ano. Não servem para a Seleção Externa 2013/001, do Banco do Brasil.

A primeira postagem de Atualidades fala sobre o Banco Econômico.

Depois de mais de uma década de disputa, o Banco Central (BC) está próximo de virar um capítulo da história e receber dos bancos Econômico e Nacional dívidas que, com descontos, somam mais de R$ 40 bilhões, referentes ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) e reservas bancárias. Sem o abatimento permitido pelo "Refis das Autarquias", a dívida seria de R$ 55,331 bilhões.

O BC intimou formalmente, neste mês, esses bancos a pagarem suas débitos no prazo de até 60 dias. O Banco Econômico já fechou um "acordo" de acerto de contas e o Nacional pretende, no máximo em 30 dias, apresentar sua proposta de quitação. Não há, por enquanto, o valor de quanto entraria de imediato nos cofres públicos, porém, o pagamento terá impacto fiscal.

Em dezembro de 2010, essas instituições financeiras, que foram liquidadas extrajudicialmente em 1996, aderiram ao chamado "Refis das Autarquias" para possibilitar o pagamento de dívidas com desconto de juros e multas e num prazo máximo de 180 meses. Em troca do benefício, esses bancos abriram mão das ações na Justiça que questionavam os cálculos feitos pelo BC.

De lá para cá, mais de dois anos se passaram e o processo para pagamento das dívidas não avançava devido aos questionados quanto ao valor da dívida e a possibilidade de uso de créditos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) para abatimento do débito. Após várias prorrogações de prazos, o BC intimou o Econômico em 16 de abril e o Nacional em 24 de abril para pagamento dos débitos em até 60 dias.

"Está esgotada a negociação pela via administrativa", afirmou o procurador-geral do BC, Isaac Sidney. "O BC não poupará qualquer esforço para receber o que lhe é devido", complementou. As instituições financeiras apresentavam cálculos de que a dívida era menor do que a cobrada pela autoridade monetária.

Banco Econômico? Pois é, saiba o que foi!!!
O Banco Econômico foi uma das instituições financeiras que quebraram após a implantação do Plano Real, em 1994. Apesar de receber ajuda do governo através do Programa de Estímulo à Reestruturação e do Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), acabou sofrendo intervenção em 1995 e entrou em liquidação judicial em 1996.

Até a próxima!!!